CONSTRUÇÕES SOCIAIS DE APRENDIZAGEM | José Pacheco

CONSTRUÇÕES SOCIAIS DE APRENDIZAGEM por José Pacheco

“A Escola da Ponte apenas mostrou que há utopias realizáveis. A Ponte é, como qualquer outro, um lugar de chegar, de ficar e de partir. Um lugar onde deliberada e intencionalmente se chega para (com outros!) fazer crianças mais felizes. Um lugar de onde uns partem para levar sementes de sonho para outros lugares. Um lugar de onde outros partem, discretamente, para deixar que o sonho prossiga.”

“Porquê publicar mais um livro?

Tinha decidido parar, cria que teria chegado a praticar redundâncias, corria risco de me transformar num teoricista. Mas, a vida me levou, novamente, para o chão das escolas. Uma nova geração de educadores me convidava para experienciar propostas em tudo semelhantes àquelas em que tinha gastado meio século de vida profissional.

A crise da Escola prolongava-se sem fim à vista. Passara mais de um século sobre o primeiro sinal de alerta, dado no início do século XX pelos escolanovistas. Eurípedes, Anísio, Nise, Nilde, Agostinho, Irene, Freire e outros egrégios educadores reinterpretaram o movimento escolanovista, mas somente na década de sessenta ele tomara forma concreta.”

José Pacheco é mestre em Ciências da Educação pela Universidade do Porto (Portugal).
Fundador da Escola da Ponte, em Portugal, referência mundial em inovação.
Coordenou o projeto "Fazer a Ponte", de 1976 a 2004, projeto galardoado com o 1º Prêmio do “Concurso Experiências Inovadoras no Ensino", promovido pelo Ministério da Educação.
Foi membro do Conselho Nacional de Educação.
Pela sua relevante contribuição para uma Educação de boa qualidade, foi-lhe atribuída pela Presidência da República a "Comenda da Ordem da Instrução Pública".
Em 2005, com o título de notório especialista, passou a residir no Brasil. Desde então, viaja pelo país, mobilizando educadores que acreditam numa educação transformadora e democrática. Acompanha inúmeros projetos para uma nova educação. Entre eles: EM Amorim Lima (SP), EE Campos Sales (SP), Projeto Âncora (SP) e CAP (DF).
No IBICT (Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia), no quadro do Projeto Brasília 2060 - Plano Estratégico para uma Cidade Sustentável, coordenou a pesquisa sobre indicadores de boa qualidade da educação no Distrito Federal.
No MEC (Ministério da Educação) integrou o Grupo de Trabalho de Inovação e Criatividade da Educação Básica.
Foi facilitador do Gaia Brasil, de 2009 a 2016.
Lidera, organiza e movimenta várias das assembleias da "Arca - Assembleia das redes de comunidades de Aprendizagem", a qual dispõe de diversos núcleos internacionais, onde pais, educadores, professores e intelectuais, partilham e fomentam práticas educativas em rede, em constante movimento de inovação e reflexão para uma educação autónoma e construtora de currículos. É autor de inúmeros livros e artigos sobre educação e um grande dinamizador da gestão democrática.